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10.10.2019

Curitiba e Foz do Iguaçu: Roteiro de 9 dias pelo Paraná

Curitiba e Foz do Iguaçu: Roteiro de 9 dias pelo Paraná

Frio ou calor? Cidade ou natureza? Viajar apenas por um país ou incluir terras
estrangeiras na mesma viagem? Pois bem. Se este tipo de decisão para as férias sempre
incomoda, saiba que num roteiro de viagem pelo Paraná é possível juntar tudo no
mesmo itinerário. E o melhor: dá pra fazer isso em menos de dez dias, sem abrir mão de
nenhuma grande atração nos destinos por onde passar.
Dos museus de Curitiba às Cataratas do Iguaçu, passando por sabores que vão do
tradicional barreado paranaense às bem faladas carnes argentinas. Incluindo, é claro,
uma pausa para àquelas comprinhas básicas no Paraguai. Descubra neste roteiro como
organizar o dia a dia de uma viagem pelos dois destinos mais visitados no Paraná.

# Dia 1: Chegada a Curitiba

Parte do primeiro dia de viagem certamente será ocupado com o deslocamento até
Curitiba. Portanto, o ideal é não sobrecarregar o roteiro nessas primeiras vinte quatro
horas.
Ainda assim, quem conseguir algum tempo livre durante a tarde pode aproveitar e
conhecer o principal ponto turístico da capital paranaense: o Jardim Botânico.
Além da emblemática estufa construída com estrutura metálica e vidro, o Jardim
Botânico Francisca Richbieter – nome oficial do Jardim Botânico de Curitiba – oferece
também outras atrações.
Vale a pena se programar para visitar o Museu Botânico, o Jardim das Sensações
e terminar o dia assistindo um pôr do sol.
Para encerrar o dia, vá a algum bar ou restaurante do bairro Batel, a região mais
animada da noite curitibana.

# Dia 2: Centro Histórico e Centro Cívico

O Centro Histórico e o Centro Cívico de Curitiba possuem boas atrações culturais
que ocupam facilmente um dia inteiro do seu roteiro.
Na parte histórica, o Largo da Ordem é a principal referência geográfica da região.
Inclusive, aos domingos, o largo recebe uma tradicional feira de artesanato que já é
praticamente um patrimônio da cidade.
Uma vez no Largo da Ordem aproveite para visitar o Museu Paranaense, onde há
exposições que contam em detalhes a história do Paraná. Outro lugar para conhecer por
essa vizinhança é o Memorial de Curitiba, um centro cultural com arquitetura moderna
onde além de exposições artísticas contemporâneas, há também eventos como
apresentações de danças, musicais e peças de teatro.
Ainda nesta região central de Curitiba, considere incluir na sua rota a Praça
Tiradentes, a Biblioteca Pública do Paraná, o Centro Cultural Teatro Guaíra e, um
pouco mais distante, o Mercado Municipal de Curitiba.
No Centro Cívico de, uma área com ares mais modernos e que está a pouco mais
de dois quilômetros da região histórica, as duas grandes atrações são o Museu Oscar
Niemeyer e o Bosque do Papa.
No museu, além da arquitetura cheia de curvas típica do arquiteto que dá nome ao
local, você irá encontrar dez salas de exposições com temas relacionados a artes visuais,
arquitetura e design. Já o Bosque do Papa é um pequeno parque urbano que abriga
também o Memorial da Imigração Polonesa.

 

# Dia 3: Torre Panorâmica, parques e Ópera de Arame

Para ver a cidade do alto, o melhor lugar em Curitiba é no mirante da Torre
Panorâmica, que ostenta uma vista em 360 graus a 109 metros de altura.
Pertinho dela, o Parque Barigui é um dos mais frequentados pelos curitibanos –
principalmente pela turma que gosta de caminhar, correr ou pedalar.
Para encontrar história e natureza num único lugar, o Memorial Ucraniano é uma
escolha certeira. Situado no Parque Tingui, além de ser uma homenagem aos imigrantes
da Ucrânia, o memorial não nos deixa esquecer uma das maiores tragédias da
humanidade: o Holomodor, genocídio que exterminou pela fome aproximadamente dez
milhões de ucranianos entre 1932 e 1933.
Ainda no circuito pelos principais parques de Curitiba, outro que costuma entrar
no itinerário é o Parque Tanguá, que tem um visual bem bonito ao entardecer. Próximo
a ele, a última atração do seu dia é o Ópera de Arame, um teatro com arquitetura
metálica que por si só já vale a visita, mas que ainda tem como bônus o Ópera Arte, um
restaurante com uma pegada requintada que serve verdadeiras delícias. Inclusive, aos
finais de semana há buffet de Barreado – um prato típico do litoral paranaense em que
carnes bovinas são cozidas por até catorze horas.

 

# Dia 4: Bate-volta a Morretes

A 68 quilômetros de Curitiba, Morretes é uma simpática cidadezinha histórica que
pode ser visitada no esquema bate-volta desde a capital do Paraná. E, para chegar até lá,
o jeito mais prático e proveitoso é fazer o deslocamento de trem e ônibus. Mais
especificamente indo de trem e voltando de ônibus.
Embora não com saídas diárias, a empresa Serra Verde Express é a responsável
por comandar os trilhos que cortam a Serra do Mar e que nos levam de Curitiba a
Morretes. Como o deslocamento pode levar até quatro horas, é mais conveniente fazer a
ida de trem, já que você estará descansado e chegará ao seu destino por volta da hora do
almoço.
Para o regresso, a Viação Graciosa faz a rota de ônibus entre Morretes e Curitiba
em aproximadamente uma hora e meia. A empresa tem nove saídas por dia, sendo a
primeira às 5h30 e a última às 20hs.
Em Morretes, o grande barato é caminhar sem pressa pelas suas ruas com
construções históricas, provar e comprar doces e cachaças em empórios, além de se
esbaldar em algum bom restaurante – pedindo, preferencialmente, o prato típico da
cidade: o Barreado.

# Dia5: Deslocamento para Foz do Iguaçu

Depois de quatro dias na capital do Paraná é hora de ir para o próximo destino do
roteiro: Foz do Iguaçu.
Localizada a 630 quilômetros de Curitiba, a maneira mais conveniente para ir à
cidade das Cataratas do Iguaçu é de avião. Portanto, na hora de comprar a sua passagem
aérea, ao invés de pesquisar apenas por bilhetes convencionais de ida e volta para um
mesmo destino, busque através da opção “Várias Cidades”.
Dessa forma, normalmente é possível comprar três trechos com um melhor custo
benefício. No caso, os deslocamentos seriam: Sua cidade x Curitiba, Curitiba x Foz do
Iguaçu, Foz do Iguaçu x Sua cidade.
Também dá pra viajar de Curitiba para Foz do Iguaçu de ônibus, com a empresa
Catarinense. Tenha em mente, porém, que o tempo gasto na estrada é de onze horas.
Como parte do seu dia será gasto com a viagem entre Curitiba e Foz do Iguaçu,
aproveite as horas livres que tiver para descansar. Afinal, nos próximos dias a
programação será intensa.
Caso queira algum programa noturno, um jantar no pitoresco Empório com Arte
rende uma experiência única para o paladar e os olhos. Se preferir um local mais
animado, na Avenida Jorge Schimmelpfeng não faltam bares com mesa na calçada,
música ao vivo e promoções de happ-hour. Ou ainda, no Rafain Churrascaria Show
você encontra jantar ao estilo buffet à vontade, e apresentações musicais sobre a cultura
local.

# Dia 6: Parque Nacional do Iguaçu (lado brasileiro)

Começando pelo óbvio mas não sem motivo, tique a principal atração da sua lista
do que fazer em Foz do Iguaçu logo no primeiro dia de viagem. Afinal, você não irá até
lá pra deixar o lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu de fora do roteiro, certo?
A quinze quilômetros do centro de Foz, o Parque Nacional do Iguaçu está aberto
diariamente, das 9hs às 17hs – tempo de sobra para conhecê-lo sem pressa. Ainda
assim, evite as filas da bilheteria e compre sua entrada antecipadamente.
Dentro do parque, a primeira etapa para conhecer o lado brasileiro das cataratas é
aguardar um ônibus que leva os viajantes aos principais locais de interesse, como por
exemplo, ao ponto de partida das passarelas de onde se tem as vistas das quedas d’água.
Caminhando com calma e parando para tirar fotos, os 1.200 metros do caminho
são percorridos em aproximadamente duas horas. Por falar em fotos, vá registrando
tudo o que tiver vontade, pois ao terminar o circuito das passarelas você sairá em outro
local e não passará novamente pelos mesmos lugares.
Além do caminho contemplativo das cataratas, outra atração do Parque Nacional
do Iguaçu é o Macuco Safari, um passeio de barco que leva os viajantes para bem perto
das quedas d’ água – com direito a um banhão para lavar a alma.
Para quem for incluir essa aventura na programação, lembre-se de que o Macuco
Safari é um atrativo vendido à parte da entrada do parque. Além disso, espere gastar ao
menos mais duas horas para realizar toda a atividade.

# Dia 7: Usina de Itaipu, Templo Budista e Marco das Três Fronteiras

Como se não bastasse uma atração natural de uma grandiosidade difícil de
acreditar, Foz do Iguaçu tem ainda outro atrativo de peso: a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Responsável pela geração de 15% da energia elétrica consumida no Brasil e por
86% do consumo paraguaio, a Itaipu Binacional possui diversos passeios que levam os
turistas a conhecer parte das suas instalações.
O tour mais completo na Usina de Itaipu é o Circuito Especial, que além de passar
por mirantes, inclui também visita a locais que permitem entender com mais detalhes o
funcionamento da usina, como por exemplo, a área de condutos forçados e a Sala de
Supervisão e Controle Central.
Outros tours na hidrelétrica, são: Visita Panorâmica, Passeio de Kattamaram,
Ecomuseu, Polo Astronômico e Iluminação da Barragem.
No caminho de volta da Usina de Itaipu para a região central da cidade, uma
parada conveniente é no Templo Budista Chen Tien. Dedique cerca de uma hora para
entender um pouco mais sobre os ensinamentos budistas, e se encantar com as belas
estátuas e a tranquilidade que há no local.
Por fim, antes do entardecer, vá ao famoso Marco das Três Fronteiras, lugar que
representa a conexão dos três países vizinhos: Argentina, Brasil e Paraguai. Embora não
seja uma atração tão empolgante quanto as outras visitadas no dia, o pôr do sol com o
Rio Iguaçu de fundo é, possivelmente, o fim de tarde mais cênico da cidade.

# Dia 8: Parque Nacional Iguazú (lado argentino)

Assim como visitar o lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu, conhecer a parte
argentina é indispensável para realmente compreender a dimensão dessas belezas
naturais. Afinal, é do lado hermano que há mais quedas d’água.
Diferente do parque brasileiro, conhecer o lado argentino das cataratas exige mais
tempo e disposição: há três circuitos com trilhas panorâmicas a serem percorridos, e em
cada um se gasta entre uma hora e meia e duas horas. Considerando o tempo com
deslocamentos e alimentação, é preciso se programar adequadamente para conseguir
aproveitar tudo.
Também é possível fazer um passeio de barco no parque da Argentina. Saiba,
porém, que para percorrer todos os circuitos e a aventura na água num mesmo dia, é
preciso apertar o passo durante as caminhadas. A principal diferença entre o passeio
tupiniquim e o do nosso vizinho? No país do tango o tour garante uma dose extra de
adrenalina, já que se chega muito mais próximo das cataratas.

# Dia 9: Compras no Paraguai e retorno

Achou que terminaria sua viagem sem nem ao menos dar uma passada no
Paraguai? Achou errado!
Embora nem todos os viajantes costumam incluir compras na programação de
férias, em Foz do Iguaçu, até mesmo as pessoas mais controladas querem tirar as
próprias conclusões sobre as tais compras no Paraguai.
Se você for apenas por curiosidade, em poucas horas conseguirá atravessar a
Ponte da Amizade – que conecta o Brasil ao Paraguai – e perambular pelas ruas caóticas
de Ciudad del Leste, a cidade paraguaia que está do outro lado da ponte. Tenha em
mente, porém, que bater perna por lá está longe de ser o passeio mais agradável do
mundo.
Já os viajantes que querem de fato gastar algumas verdinhas, o ideal é reservar ao
menos um dia inteiro para as compras, e agendar o voo de volta para o dia seguinte.
Se vale a pena enfrentar vendedores insistentes, calor de matar e ruas lotadas,
apenas para comprar algumas produtos? Depende. Normalmente, sim. Porém, como as
mercadorias são comercializadas em dólar, alguns itens já não são mais tão atraentes
como antes. Atualmente, o melhor investimento costuma ser em eletrônicos e
cosméticos.
De qualquer forma, antes de começar a viagem faça o dever de casa e se informe
muito bem sobre quais lojas são confiáveis, quais os valores atuais e se, de fato, está
valendo a pena cruzar a ponte para ir às compras.

 

Colaborador: Murilo Pagani

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