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09.03.2017

Azure Window: O mundo perde um cartão postal

Azure Window em novembro de 2016 | Foto: Giscard Stephanou

 

 

Por Giscard Stephanou

 

O mundo perdeu um cartão postal – e pouca gente sabe. A atração mais famosa e turística de Malta, a Azure Window (a janela azul), na Ilha de Gozo, desmoronou no mar na manhã de quarta-feira, dia 8 de março de 2017. A formação, um arco natural de 28m de altura composto de pedra calcária, de tão exuberante foi locação de filmes (como O Conde de Monte Cristo e Fúria de Titãs) e seriados (como Game of Thrones, na cena do casamento do Daenerys e Drogo, no 1º episódio da 1ª temporada).

 

Malta passou por tempestades nos últimos dias, tanto que o serviço regular de ferry entre as ilhas de Malta e Gozo foi suspenso, impossibilitando o próprio acesso dos turistas ao arco natural de pedra. Resultado das ações da mãe natureza: o mar em fúria levou a janela embora, para sempre.

 

Segundo informações das autoridades maltesas, relatórios já indicavam que o arco natural seria duramente afetado pela inevitável erosão natural. Para o povo maltês, este dia triste chegou.

 

Infelizmente, não caiu apenas a parte superior do arco. As bases da “janela” também se afundaram completamente, dando a falsa impressão de que nunca existiu uma Janela Azul na Ilha de Gozo.

 

Como se chegava:

Para chegar a Azure Window, o turista devia viajar até Saint Lawrence e Dwejra, cidade que abrigava a janela. O caminho até lá ainda é o mesmo. É preciso primeiro viajar até a Ilha de Malta, desembarcando no Aeroporto de Valleta. Do aeroporto ou do centro da cidade de Valletta (capital do país), é possível pegar um ônibus urbano até o Terminal Cirkewwa. Deste terminal, saem os ferrys com destino à Ilha de Gozo. Chegando à Gozo, pega-se um ônibus urbano com destino à Vitoria (capital de Gozo) e, de lá, outro ônibus com destino à Saint Lawrence e Dwejra.

 

Como se visitava:

As pessoas que visitavam a Azure Window tinham 3 opções diferentes para contemplar o arco natural: andar nas proximidades do arco, andar em cima do arco e fazer um passeio de barco.

 

Quando visitei, em novembro de 2016, era permitido caminhar sobre o arco. Segundo informações das mesmas autoridades maltesas, o excesso de turistas e o processo de erosão natural estariam danificando a rocha. Inclusive, recentemente, anunciaram multas para turistas que pisassem no arco, pois talvez a atração não durasse muito mais tempo. E foi o que aconteceu.

 

Vista do passeio de barco | Foto: Giscard Stephanou

 

O passeio de barco, em barquinhos de pescadores, costumava sair da Inland Sea (lago de água do mar nas proximidades da Azure Window), passava pela Blue Cave (um túnel/caverna de 60 metros que leva até o mar) e chegava bem próximo da base da “janela” no mar, vendo o outro lado da Azure Window (exatamente no local onde desmoronou a janela). Custava cerca de 4 euros por pessoa.

 

Como era o local da Azure Window:

Azure Window até 8 de março de 2017 | Foto: Joonas L. via Creative Commons

 

Como está agora o local da Azure Window:

Local onde ficava a Azure Window | Foto: Times of Malta

 

Pós-desmoronamento:

Fico feliz de ter visitado a Azure Window e caminhado por lá. Seguramente, foi um dos lugares mais bonitos que conheci em todas as minhas viagens mundo afora, além de ter sido o grande motivo de minha visita à Malta.

 

Certamente, a população de Malta deve estar em prantos, nesse momento, com o colapso da Azure Window. Não é para menos, já que a Azure Window era o símbolo do país. Mas a Ilha de Malta e de Gozo, que compõem esse belo arquipélago situado no Mar Mediterrâneo, têm muitas outras atrações a oferecer. A capital de Malta, Valleta, e a capital de Gozo, Vitória, que o digam.

 


Confira as inúmeras atrações de Malta no Guia O Viajante Europa Mediterrânea! São nove páginas sobre esse micro e encantador país, apresentando as cidades de Valetta, Gozo e Comino.

 

 

 


 

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