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27.01.2015

Auschwitz: o terror relembrado

Arbeit macht frei ("o trabalho liberta")  – portão de Auschwitz | Foto por Carolina Caio
Arbeit macht frei (o trabalho liberta) – portão de Auschwitz | Foto por Carolina Caio

 

Por Carolina Caio

 

O Campo de Concentração de Auschwitz, na Polônia, é um dos lugares que mais carrega o peso da sua história desumana. Auschwitz, o principal complexo de Campos de Concentração (ou Campos de Extermínio) utilizado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, recebia como prisioneiros judeus, homossexuais, ciganos e todos os que fossem contra os padrões do governo.

 

Na cidade de Cracóvia, que fica a mais ou menos 2h de Auschwitz, é possível comprar pacotes para passar o dia conhecendo o complexo do Campo de Concentração. Esses pacotes são vendidos em hotéis, albergues e agências. A visita é uma viagem de volta ao período da Segunda Guerra Mundial, dentro de um dos cenários mais assustadores da época.

 

Arames farpados cercando o complexo | Foto por Carolina Caio
Arames farpados cercando o complexo | Foto por Carolina Caio

 

A entrada é gratuita, no entanto o tour guiado é cobrado, mas vale muito a pena para melhorar a compreensão do complexo. Além disso, há áudios em diversos idiomas. Cada membro do grupo recebe um fone de ouvido para acompanhar as explicações da visita, que deve ser realizada de maneira respeitosa.

 

Ao atravessar o portão com a frase “arbeit macht frei”, que significa “o trabalho liberta”, o visitante depara-se com o complexo do Campo de Concentração de Auschwitz, entre cercas de arame farpado e guaritas. As construções são todas similares, feitas de tijolos à vista, e dentro delas há diferentes exposições. Fora dos prédios que têm as exposições, os visitantes seguem o mesmo caminho que foi feito por milhares de prisioneiros até a câmara de gás.

 

Câmara de gás | Foto por Carolina Caio
Câmara de gás | Foto por Carolina Caio

 

Dentro de um dos prédios, uma sala tem mapas com informações e imagens mostrando de onde vieram os presos, fotos tiradas na época e símbolos que identificavam cada categoria de presidiário. Outras salas expõem atrás de vidros os pertences daqueles que foram presos: óculos, malas, sapatos, entre outros itens.

 

Mapa com países de origem dos prisioneiros | Foto por Carolina Caio
Mapa com países de origem dos prisioneiros | Foto por Carolina Caio

 

Em umas das salas, estão expostos cabelos das mulheres presas – o único ambiente onde a guia solicitou que os visitantes não fotografassem (mas é possível encontrar fotos dessa sala em alguns sites). Do lado de fora há a parede de fuzilamento que sempre exibe flores deixadas em homenagem às vítimas.

 

Parede de fuzilamento | Foto por Carolina Caio
Parede de fuzilamento | Foto por Carolina Caio

 

Os quadros com as fotos dos presidiários nos corredores de alguns prédios exibem umas das partes mais comoventes do museu. Cada quadro tem foto e informações de cada um deles: número de registro, nacionalidade, data de nascimento, profissão, data em que foi deportado e morte – a média de vida dentro de Campo de Concentração era de aproximadamente seis meses.

 

Corredor com foto dos prisioneiros | Foto por Carolina Caio
Corredor com foto dos prisioneiros | Foto por Carolina Caio

 

Além de Auschwitz I, há o AuschwitzII, também conhecido como Auschwitz – Birkenau, que fica a poucos quilômetros do primeiro. Lá é possível visitar os “quartos” dos presos, que mais parecem celeiros sujos, onde mulheres e homens eram separados e amontoados em camas que acomodavam várias pessoas. O Auschwitz – Birkenau, é famoso por comportar os trilhos de trem por onde chegavam os prisioneiros; há um vagão original exposto. Nesse complexo há ruínas de câmaras de gás e de outras construções e homenagens escritas em lápides.

 

A entrada do Complexo Auschwitz – Birkenau e os trilhos de trem | Foto por Carolina Caio
A entrada do Complexo Auschwitz – Birkenau e os trilhos de trem | Foto por Carolina Caio

 

Vagão original | Foto por Carolina Caio
Vagão original | Foto por Carolina Caio

 

Recomendo a todos que tiverem a oportunidade, visitar pelo menos uma vez na vida um Campo de Concentração – e acho que uma vez já é o suficiente. Vale mencionar que a visita não é agradável, mas é essencial para conhecer um pouco mais sobre essa atrocidade que lamentavelmente fez parte da história da humanidade.

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