
Por Jamile Diniz
Nova York, chamada por alguns de “capital do mundo”, é, de certa forma, um ponto de encontro de inúmeras culturas e tribos de diferentes origens, estilos e etnias. Tanta diversidade reunida traz características únicas e peculiares à cidade que nunca dorme. Para os turistas, um prato cheio, já que há muito para se ver e fazer.
Encher os olhos com os letreiros luminosos da Times Square; passear, seja a pé, de bike ou até mesmo de carruagem pelo Central Park; ver a Estátua da Liberdade; ir ao observatório no topo do Empire State; conhecer as obras do MoMA, American Museum of Natural History e outros tantos museus é imprescindível, mas, aos que querem conhecer algo diferente, aqui vai uma dica: St Mark’s Place.
Localizada no East Village, St. Mark’s Place é conhecida como “a rua dos hippies” e caminhar por ela é, de fato, uma viagem no tempo, não apenas aos anos 60 dos hippies, mas também aos anos 70 do punk e anos 80 do glam e do metal. Referência de contracultura na costa leste dos Estados Unidos, a St. Mark’s Place é frequentada por muitos artistas e ativistas, tem as esquinas sempre cobertas por arte de rua e não é incomum ver manifestações, sejam elas artísticas, políticas, verbais ou visuais, por ali.

Nem mesmo os postes escapam: todos têm mosaicos feitos pelo “Mosaic man”, Jim Power, que é presença constante em St. Marks e está sempre disposto a conversar, contar curiosidades locais e pedir ajuda contra a remoção de seus mosaicos. A verdade é que quem vai àquela área sempre encontra pessoas bastante alternativas e essa é uma das coisas mais legais sobre lá: cada um se veste/age/é como bem entende e a diversidade só acrescenta.
A rua é um paraíso para os amantes de música e moda, já que foi frequentada por inúmeras estrelas do rock e é também berço de diversas tendências. A foto da capa do álbum “Physical Graffiti”, do Led Zeppelin, foi tirada lá, nos números 96 e 98. Já o início da rua é forrado por barraquinhas que vendem perucas, piercings, óculos, acessórios e coisas que você provavelmente nem sabia que existiam. Há também alguns estúdios de tatuagens, para os fãs da arte.

A “rua dos hippies” também conta com diversos brechós e lojas exóticas, a maioria nos porões dos casarões construídos pela rua. Ainda que os preços não sejam tão em conta, vale uma visita ao “Search and Destroy”, brechó localizado no número 25, que mais parece um museu. St. Marks também é bastante conhecida pela culinária. Há todo tipo de restaurante, dos que servem hot dogs japoneses (sim, isso mesmo) aos de massas tradicionais.
Durante a noite funcionam os bares com música ao vivo. Rola jazz, hard rock, metal, blues, pop e punk. A vida noturna é muitíssimo agitada, até mesmo Andy Wahrol já teve uma boate lá e a banda da casa era, nada mais, nada menos, que o Velvet Underground. Não recomendaria passeios noturnos aos que não gostam de lugares muito cheios e de música muito alta, mas visitar a rua durante o dia é algo inesquecível e divertidíssimo.

17 comentários em “A alternativa St. Mark’s Place, NY”
Muiiiiito bom ! Parabéns!
Parabéns pelo texto lindo! Já coloquei a dica na minha lista de passeios para a próxima viagem à NYC! Beijosss
Bravo Jamile, Muito bom!
Jamile, meus parabéns!!! Adorei a reportagem!!! Você tem muito talento!!! A dica é ótima!! bjs
Ótimo texto ameii.Quando eu for para NY quero você comigo!!!
Impossível não ficar com vontade de conhecer este recanto Nova Iorquino depois de ler seu texto, Jamile. Muito bom.
Excelente! Nada convencional. Dica cheia de informação interessante. Amei.
Muito legal sua experiência em NY! É bom sair do turismo tradicional e conhecer a fundo a cultura local. Parabéns!
Excelente. Nada convencional. Dicas cheias de conteúdo. Amei!
Excelente texto Jamile…. Parabéns pelo talento!!!!
Parabéns Jamile…muito bom!!!
JAMILE ,PARABÉNS !!!
VIAJAR É TUDO DE BOM!!!!
AMEI SUAS DICAS!
QUANDO VAMOS FAZER UMA VIAJEM ???
Muito bom, adorei. Deu até vontade de conhecer Nova York.
Parabéns Jamile, você arrasou.
Well done! Beautiful piece!
Adorei o texto, as dicas e as fotos!
Gosto quando você conecta os lugares e as pessoas que ali convivem, como diria Drummond:
“A dificílima dangerosíssima viagem
De si a si mesmo:
Pôr o pé no chão
Do seu coração
Experimentar
Colonizar
Civilizar
Humanizar
O homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria
De con-viver.”
Jamile, qual a próxima viagem?
NYC e suas inumeras facetas 🙂
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