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29.11.2016

66 histórias de uma volta ao mundo: Japão

Recepção calorosa da família japonesa na chegada a Tóquio
Recepção calorosa da família japonesa na chegada a Tóquio

 

Por Nara Alves

 

Na nossa volta ao mundo, o Japão teve um lugar especial porque minha família é japonesa. Tenho tios e primos espalhados por todo o Japão, que estavam dispostos a nos hospedar, nos oferecer as refeições e nos convidar aos passeios. Assim, conseguimos ficar por lá 3 meses sem que isso pesasse demais no orçamento total da viagem.

 

Internamente, viajamos principalmente de trem-bala e ônibus, para Osaka, Nara, Yumura e Sendai. Somente para Okinawa, ao sul do arquipélago, fomos de avião. Ficamos quase dois meses morando de graça em Yokohama, na casa do meu tio.

 

Aproveitamos para estudar. Eu fiz aulas de japonês e o Bernardo, de inglês, especificamente com vocabulário de uso em viagens. Portanto, o Japão, que é um dos países mais caros do mundo, no final das contas saiu por bem menos do que havíamos estipulado como orçamento inicial.

 

Dica de viagem

Torre de Tóquio possui 333m de altura
A Torre de Tóquio, com 333m de altura, funciona também como mirante

 

Em Tóquio, no bairro central de Shinjuku, há um local chamado Golden Gai, um conjunto de ruelas entupidas de bares com capacidade para pouquíssimas pessoas. Fomos a um bar com capacidade máxima de 5 clientes. Alguns estabelecimentos proíbem a entrada de pessoas não japonesas, mas outros ficam felizes em receber estrangeiros, mesmo que não consigam se comunicar com eles. Passar por lá no início da noite, no meio da semana, e sentar num desses bares é um desafio.

 

Raio X

Templo xintoísta na cidade de Nara, primeira capital do Japão
Templo xintoísta Kasuga-taisha, na cidade de Nara, primeira capital do Japão

 

Tempo no país: 75 dias

Locais visitados: Yokohama, Tóquio, Nara, Naha, Osaka, Yumura, Tottori, Sendai e Okinawa (Taketomi e Iriomote).

Visto necessário? Sim

Gasto com visto: 27 dólares (só para o Bernardo)

Transporte aéreo: 980 dólares

Transporte terrestre longa distância:

Trem longa distância – 13.000 iens – 127,7 dólares

Ônibus longa distância – 18.500 iens – 181,72 dólares

Total transporte terrestre – 31.500 iens – 309,42 dólares

Transporte local (metrô): 196 dólares

Hospedagem: 200 dólares

Alimentação: 107 dólares

Lazer: 201 dólares

Total por pessoa no Japão com passagem aérea: 2.020,42 dólares (26,93 dólares/dia)

Total por pessoa no Japão sem passagem aérea: 1040,42 dólares (13,87 dólares/dia)

 

Trecho do livro “66 histórias de uma volta ao mundo”

Se para ler Saramago é preciso algum fôlego, ler japonês é mergulhar em apneia numa sopa de letrinhas. Essalínguanãodáespaçoentreaspalavrasgente. Raciona o uso de vírgula e ponto-final como se não chovesse na Cantareira há anos. A interrogação dá as caras apenas em forma de construção gramatical e a exclamação se limita a interjeições. Ambas são proibidas no japonês formal. Afe!!!

 

O que no português a gente chama de sílaba, aqui é letra. A única consoante que vive sozinha é o N. As demais consoantes não existem, a não ser associadas a uma vogal. No lugar da letra R, por exemplo, existem as letras RA, RE, RI, RO e RU (leia-se LA, LE, LI, LO e LU). Não é R + U = RU. É uma nova letra com som de RU (ou LU). Por isso, Bernardo vira Belunaludo. É o milagre da mutação e multiplicação das letras Cebolinha style.

 

São 48 letras no alfabeto japonês chamado hiragana. Uma de suas principais atribuições é garantir a estrutura gramatical de uma frase. Todas as conjunções, as formas afirmativa, interrogativa e negativa, as conjugações verbais, por exemplo, são escritas em hiragana.

 

País anterior: Estados Unidos

Próximo país: China

 


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Quem largaria um belo emprego na TV para sair pelo mundo experimentando as mais diversas culturas? Nara Alves. Acompanhada de seu namorado, Bernardo, entre 2014 e 2015 a moça se aventurou por 22 países da América do Norte, da Ásia, da Oceania, do Oriente Médio e da Europa.

 

Saiba mais: 66 histórias de uma volta ao mundo

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